sábado, 13 de junho de 2009

Rio das Ostras Jazz & Blues Festival - Dia 3 (12/6)


Baile para espantar a chuvaDepois de um dia dos namorados totalmente chuvoso, a noite começou com a decisão da produção em atrasar o início das apresentações no palco da Costazul em 1 hora. Passando das 20h para as 21h. Infelizmente não funcionou para os nova iorquinos do Rudder, que tocaram para um público pequeno por conta da chuva. Pena, porque o grupo fez uma apresentação muito superior do que a do dia anterior. Principalmente porque o som distorcido da tarde de quinta desapareceu e tirou qualquer má impressão do grupo. Emerson, Lake and Palmer e outras influências progressivas continuaram, mas com muito mais qualidade.

Coco Montoya: um verdadeiro Bluesbreaker

Seguindo a tradição de bons guitarristas descobertos por John Mayall – pai do blues inglês e grande estrela da edição 2008 do festival – Coco Montoya subiu ao palco e encontrou um público animado, seco e que quase lotava todo o espaço reservado para ele.

O músico fez sua mistura de blues, rock'n'roll e baladas, com muita energia e uma animação que contagiou todos os que estavam assistindo na frente e até mesmo no backstage. Com homenagens a John Mayall e Albert Collins, o set de Montoya foi direto ao ponto, utilizando ao extremo a técnica e humor do músico (aguarde a entrevista exclusiva feita com ele). Uma sucessão de solos, riffs e ritmos que não deixou ninguém parado.
Com certeza o momento mais blues e rock'n'roll da edição 2009 do festival.

Big-Bailão dançante

Se há algo do qual ninguém pode reclamar é do público do festival. Mesmo nas apresentações mais difíceis todos mostram interesse e respeito pelos artistas, aspecto que vai se notabilizando a cada edição e que é sempre merecedor de destaque, já que a população das cidades da região são muito mais interessadas em ritmos e nomes popularescos do que os moradores de Rio das Ostras. Palmas para o público e para a prefeitura, que poderia estar gastando dinheiro trazendo artistas populares de nível duvidoso mas gasta sua energia procurando escolher grandes nomes da música, que aliem talento e qualidade.

O nariz de cera é porque a última atração da noite – a Big Time Orchestra – causou uma divisão entre os jornalistas presentes. Uns acharam o show ótimo, outros bom, mas dizendo que a banda estava fora do contexto, enquanto outros diseram ter achado chato mesmo. O importante é que o público adorou, cantou dançou e se divertiu como poucas vezes aconteceu nos últimos anos.

Formada por 12 músicos - Lilian Nakahodo (teclado), Zorba Mestre (vocal), Fabiano Cordoni (baixo), Andre Ricciardi (bateria), Ronnie Panzone (guitarra), Jaquerson Bueno (trompete), Oscar Costa e Silva (trompete), Luiz Jiraya (trombone), Raule Alves (trombone), Jeronimo Bello (sax barítono), Marcio Rangel (sax tenor) e Everson Martins (sax alto) – a Big Time mistura rock, com blues, músicas de seriados e muitos clássicos do boogie woggie, típicas das big bands. Cheios de humor, fazem uma apresentação onde fica difícil não reconhecer uma canção ou alguma parte dos arranjos.

Teve gente dizendo que a apresentação ficou com clima de Celebrare (maldade pura), mas (para mim) deu uma vontade danada de vivido algumas décadas antes do meu nascimento. Afinal, canções dos anos 30 e 40 aliadas a temas como Havai 5.0 e Flinstones são uma combinação irresistível.

Nenhum comentário:

Postar um comentário