Baile para espantar a chuvaDepois de um dia dos namorados totalmente chuvoso, a noite começou com a decisão da produção em atrasar o início das apresentações no palco da Costazul em 1 hora. Passando das 20h para as 21h. Infelizmente não funcionou para os nova iorquinos do Rudder, que tocaram para um público pequeno por conta da chuva. Pena, porque o grupo fez uma apresentação muito superior do que a do dia anterior. Principalmente porque o som distorcido da tarde de quinta desapareceu e tirou qualquer má impressão do grupo. Emerson, Lake and Palmer e outras influências progressivas continuaram, mas com muito mais qualidade.Coco Montoya: um verdadeiro Bluesbreaker
Seguindo a tradição de bons guitarristas descobertos por John Mayall – pai do blues inglês e grande estrela da edição 2008 do festival – Coco Montoya subiu ao palco e encontrou um público animado, seco e que quase lotava todo o espaço reservado para ele.O músico fez sua mistura de blues, rock'n'roll e baladas, com muita energia e uma animação que contagiou todos os que estavam assistindo na frente e até mesmo no backstage. Com homenagens a John Mayall e Albert Collins, o set de Montoya foi direto ao ponto, utilizando ao extremo a técnica e humor do músico (aguarde a entrevista exclusiva feita com ele). Uma sucessão de solos, riffs e ritmos que não deixou ninguém parado.
Com certeza o momento mais blues e rock'n'roll da edição 2009 do festival.
Big-Bailão dançante
Se há algo do qual ninguém pode reclamar é do público do festival. Mesmo nas apresentações mais difíceis todos mostram interesse e respeito pelos artistas, aspecto que vai se notabilizando a cada edição e que é sempre merecedor de destaque, já que a população das cidades da região são muito mais interessadas em ritmos e nomes popularescos do que os moradores de Rio das Ostras. Palmas para o público e para a prefeitura, que poderia estar gastando dinheiro trazendo artistas populares de nível duvidoso mas gasta sua energia procurando escolher grandes nomes da música, que aliem talento e qualidade.O nariz de cera é porque a última atração da noite – a Big Time Orchestra – causou uma divisão entre os jornalistas presentes. Uns acharam o show ótimo, outros bom, mas dizendo que a banda estava fora do contexto, enquanto outros diseram ter achado chato mesmo. O importante é que o público adorou, cantou dançou e se divertiu como poucas vezes aconteceu nos últimos anos.
Formada por 12 músicos - Lilian Nakahodo (teclado), Zorba Mestre (vocal), Fabiano Cordoni (baixo), Andre Ricciardi (bateria), Ronnie Panzone (guitarra), Jaquerson Bueno (trompete), Oscar Costa e Silva (trompete), Luiz Jiraya (trombone), Raule Alves (trombone), Jeronimo Bello (sax barítono), Marcio Rangel (sax tenor) e Everson Martins (sax alto) – a Big Time mistura rock, com blues, músicas de seriados e muitos clássicos do boogie woggie, típicas das big bands. Cheios de humor, fazem uma apresentação onde fica difícil não reconhecer uma canção ou alguma parte dos arranjos.Teve gente dizendo que a apresentação ficou com clima de Celebrare (maldade pura), mas (para mim) deu uma vontade danada de vivido algumas décadas antes do meu nascimento. Afinal, canções dos anos 30 e 40 aliadas a temas como Havai 5.0 e Flinstones são uma combinação irresistível.
Nenhum comentário:
Postar um comentário